Bilateral.
Autor: Nane Sousa on Thursday, 25 April 2013
Em uma carcaça demônios habitam. Se esgueiram nas sombras tentando encontrar.
Um motivo, um lugar, um caminho. Pra fazer sua vida virar.
Eu te amo assim sem porque, puro e claro. Saiba que meu sentimento é maior do que pode crer.
Mas lá no fundo uma voz me aconselha. E coisas terríveis desejo fazer.
Deuses de Ébano a minha frente. Em danças ilícitas a me derreter.
Eros e Huitaca me levam pra longe. É de vinho e carne que se faz o homem.
Minha promessa me pesa, o que devo dizer?
A cada segundo me sinto mais fraco. A cada segundo minha vontade cai pelo chão.
O cheiro dos corpos grita meu nome. E eu anseio provar mesmo que seja em vão.
Como contar-te agora o que sinto? Como mostrar que não muda o carinho?
É só que o mundo evoca o meu íntimo. E dentro de mim existe algo maldito.
Eu brigo, eu xingo, eu faço de tudo. Para prender-me olhando em teus olhos.
Eu sofro, eu choro, eu já não sei o motivo.
O medo de perder-te ou a privação do profano a este ser nada divino.
Deixar-te agora não é escolha. Levaria de mim a luz, o abrigo.
Tudo que tenho de bom em um suspiro, perdido.
Mas a cada dia fica mais forte o pedido.
E meu centro me faz cobiçar a luxúria.
Do pecado desmedido me torno escrava.
De joelhos vou negando o destino escolhido.
Deuses de Ébano a minha frente. Em danças ilícitas a me derreter.
Eros e Huitaca me levam pra longe. É de vinho e carne que se faz o homem.
Minha promessa me pesa, o que devo dizer?
A cada segundo me sinto mais fraco. A cada segundo minha vontade cai pelo chão.
O cheiro dos corpos grita meu nome. E eu anseio provar mesmo que seja em vão.
Como contar-te agora o que sinto? Como mostrar que não muda o carinho?
É só que o mundo evoca o meu íntimo. E dentro de mim existe algo maldito.
Eu brigo, eu xingo, eu faço de tudo. Para prender-me olhando em teus olhos.
Eu sofro, eu choro, eu já não sei o motivo.
O medo de perder-te ou a privação do profano a este ser nada divino.
Deixar-te agora não é escolha. Levaria de mim a luz, o abrigo.
Tudo que tenho de bom em um suspiro, perdido.
Mas a cada dia fica mais forte o pedido.
E meu centro me faz cobiçar a luxúria.
Do pecado desmedido me torno escrava.
De joelhos vou negando o destino escolhido.
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