Boçal
Autor: Luan Soares on Tuesday, 26 August 2014
A viatura estacionou
Todos traziam armas.
Escadarias vazias...
Os únicos magrelos da praça!
Caçados pelo cassetete!
Rolou uma baita pancadaria
Sem falsas cortesias.
Bem-educado é o caramba!
"Vagabundo do caramba..."
O pior era aquele que achava que era eletricista
Veio como um raio com a força de um trovão egoísta
Portas abertas... queremos as fichas!!!...
Estávamos estagnados pelo efeito da adrenalina
Distantes do abrigo, imagina
Se imagina num leito, uma tarefa árdua
Se imagina no choro
E se engole o choro com a barriga.
Mas por cada tapão que eu levei
Deus castiga!
Porque choro é uma coisa de 'marica'
Boçal. Nunca lesado. Lerdeza verde... Boçal educado.
Dedos entrelaçados novamente
Um rastro! Um sinal divergente!
Um flagrante!... Um flagrante
E o massacre se iniciou outra vez muito de repente.
Não. Não declaramos o fornecedor...
Nem formulários com nomes
Pedimos foi por favor
Não queríamos lutar contra lobisomens.
Daí foi que a coisa se tornou individual
E com feracidade animal
Escadarias vazias...
Ninguém estava de plantão
Pra nos livrar do mal.
Os magrelos caçados pelo cassetete.
Logo logo a viatura arrancou, e foi...
Foi e ficou o silêncio.
Dois. Dois pivetes.
Foi ali mesmo que Judas perdeu as botas e o beck!...
18 . 08 . 2014
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