BOX.

Cá estou diante o vidro do Box,
Onde a cada gota que desliza sob meu reflexo
É uma lágrima que se mistura aos do chuveiro.
 
Percorrendo cada traço do meu corpo,
Limpando cada ferida em carne viva.
Cada uma com sua história,
Uma luta,
Uma derrota.
 
E, diante a esse mesmo vidro,
Não me vejo mais!
O vapor embaça a verdade
Surgindo um sorriso.
 
Um
Sorriso
Embaçado.
 
 
Rafaela Maria, julho de 2017

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