Breve poema de amor

Resolvi escrever o mais belo poema de amor,

embrulhá-lo em celofane de cor vítrea

E nele mergulhar em esplendor

Saudar a águia em mim desenhada

E no teu olhar te tocar

Regressar à terra,

que solenemente me irá recolher

E nela mergulhar o meu ser

Desejosa de ti,

lembranças amargas flutuam no horizonte

Apagadas de rubro sonho

Ainda estonteante procurando o rumo

E não me perder,

absurdas paisagens, visões incandescentes

Amargas sensações de não me libertar,

deste lugar onde os anjos não habitam

E que existo sem pudor

E continuei a procurar o poema,

e a perdê-lo na bruma do meu ser

Mas não deixo de voar,

na ânsia de te encontrar

Nem que seja para te perder.

 

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