Brisa de Verão
Autor: Frederico De Castro on Friday, 29 July 2016
Publiquei na manhã todo o perfumar dos dias
velando teu despertar belo e cheiroso
guardando-te pra mim
viçosa
vestida a rigor no precioso trajar
dos nossos desejos beligerantes
onde te colho qual flor charmosa
e deslumbrante
Estou simplesmente submerso neste
poema onde me disperso todo em ti
sem controvérsias da vida breve
onde tatuo tantas gargalhadas de
euforia me devorando num milésimo
de segundo desabrochando onde louco
eu sei, inspiradíssimo
sem mais opções te flertaria
Povoaste-me o presente com sorrisos
e ovações de saudades
multiplicando toda imaculada serenidade
do tempo que regurgita saciado
por entre aqueles abraços de cumplicidade
e tantos beijos arando os desejos
morrendo numa colheita degustada
com inteira exclusividade
Só eu sei como esta poesia me sacia
infectando cada verso mais volátil
que um súbtil olhar alicia
Só eu sei como inventar-te cada dia
aprendendo as equivalências do amor
expressando cada história contada
auspiciosa e com esplendor
Só eu sei como escoltar-te este silêncio onde
nos desvendamos pra sempre
ancorados ao destino rugindo na frágil
e flébil brisa deste Verão que se escoa
emergindo no púlpito do tempo
pra toda a eternidade
FC
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