Brisa imarcescível
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 27 July 2019
Sem equívocos a manhã liberta-se
Desta escuridão que desterrada
Apascenta toda uma emoção bem narrada
A maré airosa pesca aqui e além uma luminescência
Ainda envergonhada, até sarar a memória
Ferida por uma permuta de saudades enamoradas
No cume do tempo uma hora vacila exasperada
Dilui-se entre muitos silêncios, que transparentes
Perscrutam cada palavra ladeada por uma rima idolatrada
Cavalgando livre e imarcescível o dia flutua numa brisa
Esparramada no leito das emoções escancaradas, até
Acolchoar mil ilusões coloridas com gargalhadas tão revigoradas
Sombras frias consomem a solidão que geme pendurada
Na moldura do tempo expirando exonerado, qual acto
De brandura naufragando num mar de beijos ali encarcerados
FC
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