Céu

O céu púrpuro tocou-me
A própria arte é a natureza
As nuvens de algodão-doce
Na minha boca adocicam
Meus trovões na revoada
Dianteiros ao meu caos
Um minuto de silêncio
Para a balbúrdia dos ventos...
Cantarolando o bardo se ouve
Batendo as asas joviais
Voe como pena e sem pena,
Seja livre!
Anoitece as várzeas do meu
Vale, e lá os pingos brancos
Plantam o lindo céu.
Prossegue: o náufrago das gotas
A chorar à terra molhada:
Apenas mais uma pintura boêmia.

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