A casa da minha infância

Enraizada entre as serras de ar fresco e calmo,
acolhida por uma inspiradora seiva campestre,
canteiro odorante desabrochando um eterno salmo,
aconchegando o morador no dia mais agreste.
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Era a casinha de paredes caiadas e cobertas pelo amor...
De janelas brancas, abrigadas à beira do telhado,
de barra azul,  resistentes,  amparando qualquer dor,
reflectindo pelos vidros...  as rosas de tom rosado.

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Os afectos desfrutavam  uma disposição apalaçada,
fazendo rir de alegria, os tetos, por tudo e por nada...
Abrindo as portas ao sol, mesmo em dias de Inverno!

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Foi uma cascata de vida, um resplandecente jardim,
a força que me formou, que sempre quis saber de mim...
Um quadro perpétuo; a lembrança deste colo materno!

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Fernanda R. Mesquita

 

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Comentários

Parabéns. Soneto notálgico, carregado de ternura.

Cumprimentos,

João Murty