CEMITÉRIO DOS AMORES PERDIDOS

Não me apego a fotos,

Eu só quero os fatos

Que mostram a realidade

Sem precisar fingir,    

Sem precisar mentir

E nem esconder

A lágrima de dor

Que há por trás do sorriso falso

No porta-retrato

Da mesa do quarto.

 

Não me apego aos sonhos,

Só quero a verdade

Sem a ilusão

Que cega a visão

E quebra o coração.

 

Agora sem amores

Experimento a solidão

Que vem junto com as flores

Enfeitar o meu caixão...

 

Amar pela metade

É sempre o meu destino,

E quando me animo

Então surge o empecilho

E a morte me seguindo

Nesta condenação:

Tantos à minha volta

Mas ninguém quer ser minha paixão!

 

Neste cemitério

Chamado Minha Vida

Estou sempre de partida

Dando adeus à alegria

Nesta mais triste canção.

 

Não me apego a fotos,

Eu só quero os fatos

Que mostram a realidade

Sem precisar fingir.

Não me apego aos sonhos,

Só quero a verdade

Sem a ilusão

Que cega a visão!

 

Todos tem a sorte

De amar alguém,

Meu azar é forte,

Nunca me amou ninguém.

 

Agora sem amores

Experimento a solidão

Que vem junto com as flores

Enfeitar o meu caixão...

 

Acreditar que sou feliz

É o mesmo que pensar

Que é possível eu sozinha transformar

Toda a cidade de São Paulo

Em um lindo campo

De flores perfumado sem poluição,

Sem bandidos, sem corrupção.

 

Amar pela metade

É sempre o meu destino,

E quando me animo

Então surge o empecilho

E a morte me seguindo

Nesta condenação.

 

JM JAMILA MAFRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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