Chove sem parar

Chove sem parar
No canteiro de obras do desperdício humano
Me viro, de qualquer jeito, em qualquer nação
Nem na pele sou perfeito
Na enigmática  introspecção
Todos os genes contidos, fiel modelo
Primeiro a Eva e o seu grande amor vitalício
Tantas contas paradas
Tanta fome sem solução
Tem favela com mais censura
Morte, morte, morte... mais solidão
Tem nobre que não abre seu portão.
Protetor do seu imposto
Abrem seus leques para amenizar o calor
Tem comida importada para pets
Vem a morte...
Negra, branca, multicoloridas.
Não poderá condenar mais a Ku Klux Klan
Será?
Nem arianos juntos estarão idealizados?
Mandela e Biko jogarão no mesmo time!
Já Hitler estará procurando seu perdão
Meu filho, mantenha-se como ovelha
Neste covil ainda de lobos
Neste mundo cão
Vida sim, um pouquinho perto de mim
Mas só o amor é entre todos
Flecha certeira.
