CHUVA
da minha janela
vejo pequenas gotas caírem lá fora
uma chuva miudinha
que molha quem pela rua caminha
o dia está cinzento
o tempo engana com a hora
a quem ao relógio não está atento
o dia já amanheceu
mas ainda está escuro, como o breu
sem sol tudo fica diferente
cai chuva do céu
para refrescar o transeunte
que distraído caminha por esta rua
num passo acelerado
para não se molhar
com a chuva, ele devia ter se lembrado
para melhor se agasalhar
agora está frio, ele já não sua
Deus ouviu-o e o Inverno vai começar
sinto o cheiro a terra molhada
vejo uma flor feliz, por ser regada
por esta água divina
que à natureza dá mais vida
agora que do Verão ela já está esquecida
abraçando o Inverno que a anima
caminharão juntos, de mãos dadas
até se encontrarem com a Primavera
muitas vezes refrescados por estas aguadas
que aparecem quando ninguém espera
angela caboz