CHUVA

 
 
 CORRO NA CHUVA . SINTO SEUS PINGOS MOLHANDO MEU CORPO.
 
AGORA JÁ MOLHADA , NÃO ME IMPORTO . 
 
SE CHEGO SECO OU ENCHARCADA.
 
MEUS CABELOS COLAM EM MEU ROSTO , E OS PINGOS CASTIGAM A PELE.
 
LEMBRO DO TEMPO EM QUE CRIANÇA, NA CHUVA BRINCAVA.
 
SAUDADE ...
 
PULAVA NAS POÇAS FORMADAS POR ELA . 
 
E LOGO A ÁGUA, POUCA , LAMA VIRAVA.
 
OU ENTÃO CORRIA OS GRAMADOS A BRINCAR COM OS AMIGOS .
 
E NA GRAMA MOLHADA ESCORREGÁVAMOS.
 
NOSSAS ROUPAS MOLHADAS ESTAVAM.
 
NÃO SENTIAMOS FRIO , NADA . 
 
TUDO ERA SÓ ALGAZARRA.
 
ATÉ QUE AO CHEGAR EM CASA APANHAVA.
 
MAS LEMBRANDO O QUANTO ERA BOM...
 
 SE FOSSE HOJE EU MOLHAVA , E NADA MUDAVA. 
 
ARLETE KLENS
 
 
 
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