COMO SE AMAM

COMO SE AMAM

Na promiscuidade dos corpos
As humidades deambulavam
As criaturas estavam loucas
Do frenesim em que se amavam

Encontros ancestrais do universo
Entre desejos já de tanto amar
A órbita estava do avesso
Eram a tempestade pura do mar

Jorravam as mãos ao sabor da poesia
Lentamente nas peles já salgadas
Pungente devoradora magia
Sobre amantes as línguas adocicadas

Perturbavam o silencio do cosmo além
No dialecto ardente do poema
Caprichavam em ritmos de vaivém
Num celeste luar como cama

Ardiam já fatigados na causa
Num dormir sobre o amor
Acariciaram as dermes em pausa
E um beijo do desejo consolador

Autor Victor Camarate

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