Confissão d'uma rapariga feia (INCOMPLETA)

    Ha raparigas n'este mundo,
    Ha raparigas que são feias,
    Mas nenhuma tanto como eu.
    De mim tenho nojo profundo,
    Ciumes do Sol, das luas cheias,
    Que vão tão lindas pelo céo!

    Nos arraiaes, nas romarias,
    Adelaides, Joannas, Marias,
    Todas tem par, mas menos eu.
    Todas bailam, rindo e cantando,
    E eu fico-me a olhal-as scismando
    Na sorte que o Senhor me deu!

    Se eu fosse cega ou aleijada,
    Talvez ficasse resignada,
    Porque havia de queixar-me eu?
    Mas sendo sã, sendo perfeita
    Tua vontade seja feita,
    Senhor! é sorte, é fado meu!

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