Contos de dias comuns

''-Mais uma vez confiei, e desiludiram-me Pai- Afirmou Miguel- Sempre que eu tento confiar , deixam-me mal.-Sabes filho- Retorquiu o Pai- Eu em tempos também partilhei da tua inocência, assim como da tua bondade!- Afirmou enquanto abraçava Miguel- Esta última nunca a percas, mas separa-a dessa tua inocente ingenuidade. Acredito fortemente que pessoas como tu meu filho, têm tendência a ver um reflexo da sua bondade refletida nos olhos de quem amam. E, quase sempre acabam desiludidas com a ilusão que as cegou.- Disse o Pai a Miguel num tom reconfortante seguido de um beijo na sua testa- Mas Pai- Insistiu Miguel revoltado- Porquê? Porque é que as pessoas são assim?- O Pai olhou Miguel nos olhos, e,  ao soltar um sorriso compreensivo em relação a pergunta do seu filho, suspirou- Nem elas mesmas sabem meu querido filho.''

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