Cor dos dias de quaresmeiras

Não vimos aquele belo dia de março,
Foi simples,
Mas fomos as cores vivas das quaresmeiras
Dormimos todo lago calmo,
E respiramos roxo vivo,
Na sexta descemos os montes cafeeiros.
O café era quente naquele vale frio,
As broas madrugadas de domingos
Beijaram saudades em nossos lábios.

Mãos crespas e fortes
Na delicadeza rosto liso,
Veio o pecado
A pureza se foi,
Nunca mais deixamos de ser a nós mesmos
Para ser as boas coisas eternas da natureza.

O sol calou-se,
Choramos até hoje,
Tu és cuidadosa e recebe nas pupilas a noite que te zela fiel.

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