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CRUZ
Cruz que carrego em minhas navegações
Atordoam meus neurônios, exaustam-me.
São fatos que a vida me deu de presente
Despejou em meu ser este sofrido aposento
Solidão me maltrata nesta conjunção errada
Tira de mim o abraço do amor desejado
Coroa minha cabeça num presente tão amargo
Deitam-me em leito por mim renegado
Cruz dos meus dias vividos, rastejados.
Uma bola de neve sem contagem regressiva
Que dançam sobre o vento num ardor tão passivo
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Prego bem fincado, dívidas infinitas dos meus pecados.
Cubro-me com um véu, unjo minha cabeça em orações unificadas.
Em prol de um amanhecer mais ameno e mais tolerante em meus dias.
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