Curvas
Autor: Ana Flora de So... on Sunday, 13 August 2017
Bombeio a alma de sol quente
na preguiça do despertar
com os tormentos nas lágrimas
ainda por assentar.
Rompes um sorriso no meu luto
pelo tempo que o silêncio
segura no ar;
e renasço do cheiro a madeira podre,
deixando para trás as teias
de ingénuo brilhar.
- " -
Escuto o vazio das palavras
que articulas, mastigas e enrolas
nessa língua de fiambre fino.
Aninho-me sob terra em ruína,
largo as cores do arco-íris,
dobro-me no sal de prantos enxutos
e viro pó.
06/2016 & 08/08/2017
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