Da minha janela vejo o mundo, e não gosto do que vejo.

Da minha janela eu vejo o mundo, e não gosto do que vejo. 

Tudo tão escuro, tão mórbido. 

Tudo tão morto, tão insólito. 

Do outro lado vejo a pressa

Essa que consome as pessoas

E olha como elas correm pelas suas vidas

Tão depressa, como se nem vivessem

Só existissem

Da minha janela vejo o mundo, e não gosto do que vejo. 

Tenho medo que tudo seja essa monotonia. 

A mesma que vejo a percorrer a brisa

Enquanto um cigarro fuma todos esses sonhos

E esse chã afoga todos os objectivos

Não há nada. 

Só uma janela. E um mundo. 

E algo que nos afasta tremendamente.

Como se não houvesse um meio termo

Como se essa janela impossibilitasse a minha conexão

De viver

Se sentir

Não as pessoas, mas o mundo. 

Porque eu olho da minha janela e vejo o mundo,e não gosto do que vejo.

De vez em quando solto uma lágrima

Cansada e desesperada por ganhar vida

Como se estivesse morta

Tal como tudo lá fora

E não há nada que a faça viver

Apenas aquela árvore que ainda sobrevive

Não sei como

À cidade!

É triste, olhar o mundo pela minha janela e não gostar do que vejo. 

 

 

 

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É a realidade que vemos no mundo...

Abraços!