Da minha janela vejo o mundo, e não gosto do que vejo.
Da minha janela eu vejo o mundo, e não gosto do que vejo.
Tudo tão escuro, tão mórbido.
Tudo tão morto, tão insólito.
Do outro lado vejo a pressa
Essa que consome as pessoas
E olha como elas correm pelas suas vidas
Tão depressa, como se nem vivessem
Só existissem
Da minha janela vejo o mundo, e não gosto do que vejo.
Tenho medo que tudo seja essa monotonia.
A mesma que vejo a percorrer a brisa
Enquanto um cigarro fuma todos esses sonhos
E esse chã afoga todos os objectivos
Não há nada.
Só uma janela. E um mundo.
E algo que nos afasta tremendamente.
Como se não houvesse um meio termo
Como se essa janela impossibilitasse a minha conexão
De viver
Se sentir
Não as pessoas, mas o mundo.
Porque eu olho da minha janela e vejo o mundo,e não gosto do que vejo.
De vez em quando solto uma lágrima
Cansada e desesperada por ganhar vida
Como se estivesse morta
Tal como tudo lá fora
E não há nada que a faça viver
Apenas aquela árvore que ainda sobrevive
Não sei como
À cidade!
É triste, olhar o mundo pela minha janela e não gostar do que vejo.
Comentários
Madalena
2ª, 22/02/2016 - 16:28
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É a realidade que vemos no
É a realidade que vemos no mundo...
Abraços!