Dama da Noite
Dama da Noite
Estava entrando num restaurante e um dos músicos me reconheceu, fui convidado a subir ao palco, fui lá e toquei por 40 minutos. Ao descer do palco, um casal me abordou convidando para sentar a mesa com eles, de pronto agradeci a gentileza e fui. Na mesa, além do casal, estava uma mulher muito elegante e sorridente. Assim que sentei, ela disse que a idéia de convidar-me havia sido dela, pois estava encantada com minha apresentação e gostaria de me conhecer pessoalmente. Agradeci e pedi cerveja ao garçom. A moça puxou sua cadeira bem para perto da minha, ficamos então parecendo mais um casal na mesa. Não me importei e começamos a conversar. O senhor que estava conosco perguntou se eu morava na cidade, respondi que não pois estava na cidade a passeio. A moça ao meu lado perguntou onde eu estava hospedado, respondi que estava num hotel no centro da cidade, e que iria passar apenas alguns dias. A moça de imediato me convidou para ficar hospedado em sua casa, pois morava sozinha numa mansão. Estranhei o convite, agradeci, e gentilmente disse que não, pois em alguns dias estaria viajando novamente. A moça insistiu veemente, mas eu não respondi mais. Entre conversas e conversas a noite foi passando e chegou a hora de ir embora. O show já havia terminado e o bar estava para fechar. O casal foi embora e ficamos nós apenas. Então eu disse à moça que estranhei o convite dela, pois ela não me conhecia e de imediato me convidar para sua casa, achei estranho. A forma como ela respondeu a minha indagação foi decisiva. – “Olhe bem pra mim, eu lhe pareço uma mulher comum? Vulgar” – Definitivamente não. – Respondi. – “Você também não me parece um homem comum. Além de bonito, charmoso, tocar e cantar muito bem, você me parece ser um homem de verdade, não um homem comum e vulgar. Apenas venha comigo e me faça feliz por esta noite.” – Disse ela. – No dia seguinte a moça era só sorriso, parecia muito feliz, de bem com a vida. Até me trouxe café da manhã na cama.
Charles Silva