De volta ao teu lugar
Autor: Frederico De Castro on Tuesday, 8 September 2015
Hora pra sonhar
Hora de retorno ao teu lugar
Hora de reescrever todas as
sílabas em versão poética
entoando nossos hinos comemorando
cada exacerbado adeus
cada gomo de saudade nos meus
silêncios quase interditos a ti
e onde
sorrateiramente me escondo encastrado
entre beijos e abraços gerados
depois dos mil actos de amor que imolámos
em cânticos de liberdade
De volta ao teu lugar
atrevo-me a comprar todo o sorriso
gentil, faíscando-te quase ígnea
quando empunhas tuas emoções
caprichosamente prostradas
no tempo minorado
corajosamente infiltrado em nossas
veias ardendo de inesperado
De volta ao mesmo lugar
te encontro
palmilhando a nossa cidade
onde nos enamoramos quando
a noite morria sitiada em todas
a prosmicuidades fervendo à
flor da pele
Deglutimos todo o acordar matinal
em indiziveis chances de te desejar
de volta aos meus sonhos
experimentando-te com meus amores
entregando-me de vez
sem rumores
apenas fintando-te com poesia
ali no mesmo reduto onde
desembarcámos vitoriosos
no cais da vida
quase religiosamente arrebatadora
usurpando-nos o tempo
de forma tão devastadora
De volta ao teu lugar
pediremos aos corações
que adivinhem como enxugar
cada lágrima acorrentada em
outras tantas ausências
Surgiremos anónimos
velando a luz autêntica dos
silêncios onde
flamejantes estimulamos
nossas vestes lânguidas
afogadas na doce musica
dedilhada nos meus pecados
em expiação
aclamando nossas almas fustigadas
bailando nesta inusitada estrofe
até à exaustão
De volta
a um céu imenso, teu e meu
matizado numa labareda de eternidade
onde remanescemos
numa saudade obcecada
em tudo igual
àquela que nos foi fatal
mesmo assim bonificada
em socalcos de amor replicada
…vem de volta ao teu lugar
não te ausentes mais de mim
Alicerça-te no poder da fé
e decerto
aqui ou além viveremos
perfumando o sossego que
assoma nossa espera
e se desfaz açoite e memória
em mim
invenção de uma existência
impressa apaixonadamente em ti
FC
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Comentários
josé João Murti...
3ª, 08/09/2015 - 22:29
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Bonito poema Federico!
Bom poema!
Força um abraço
João Murty