Decência
Trabalhei muitos anos como terapeuta voluntária em escolas públicas da periferia, tratava distúrbios do comportamento humano, por meio de terapia com florais de Bach, neste período atendi uma senhora da comunidade que havia sido expulsa de casa pelos filhos jovens. Ela os criava só havia 17 anos, mas havia ficado desempregada, e não conseguia manter a parte dela nas despesas da casa, então eles a expulsaram. Ela foi acolhida por um amigo que só tinha um pequeno quarto onde amontoava materiais de construção e para lá ela foi. O quarto não tinha estrutura, de cozinha ou banheiro, foi construído a medida que seu amigo, também pobre, conseguia recursos. Os alimentos eram doados por amigos e pessoas tão pobres quanto ela que durante sua vida ajudou ou tratou de alguma forma, assim como seu amigo. Era uma mulher muito bonita, por causa da idade não conseguiu emprego, mas nem por isso perdeu sua decência. Este poema é dedicado a ela.