Deitado nos ossos

Ouça-me, por favor, alguém de cima,
Atenda os pedidos do triste filho,
De joelhos a miséria que fica,
Para a prece do rito sem teu brilho.

Quero ajuda sem panfletagem lida,
Será que perecer é como o tiro?
Onde a bala perfura a triste vida,
E não leem o pedido que te ligo?

Direi adeus e no fim, eu morrerei,
É pífio depender de tua ajuda...
Se no final, enfim, mortes verei.

Deitarei nos ossos da minha lei,
O crânio me perfura minha bruma,
E olha — a bizarra verdade, terei.

 

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