Desarranjos do Mato
Autor: Paulo Sousa on Sunday, 15 January 2017
Deito as raízes no céu
D´uma terra azulada
Desfolho o seu véu
Na burca desvendada
Broto botões de água
Arredam-se da rede
Caduca está a tábua
Do ar mato a sede
Mastigo restos de luz
Encandeio-me apagado
Os pássaros nadam nus
Espelho-me em prado
Despenteio-me em raminha
Com o tronco da calma
Tesouro de matinha
Voando na minha palma
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