Desde lejos
Autor: Frederico De Castro on Tuesday, 26 September 2017
Desde longe chegaste vestindo os lírios
Do campo com cores acetinadas e tão gentis
Engravidando até a Primavera velejando neste
Silêncio fértil, pulsando, pulsando volátil e subtil
Desde longe promulgaste a noite enamorada
De muitos orvalhos debruçados caprichosamente
Na folhagem vivificante, envaidecida, libertando sua
Seiva tonificante, fiel, delicada…espontaneamente
Desde longe habitaste-me a alma carente
Esgotada de saudades latentes…florindo cada madrugada
Convalescendo entre os braços da solidão tão condizente
Desde longe prevalece aquele silêncio incontinente
Qual lamento meu, rebelde, desinspirado…impotente
Perfeita hora de uma redenção que se avizinha mais convergente
Desde longe o deleite do aconchego vindo dos teus versos
Alento de todos os afagos que procrio na província do amor
Onde residimos num laço de ternura diria…convincente
Desde longe a cura das aflições agora chegando
Nem morte, pranto ou dor…tudo equivalente a uma eterna esperança
Despertando dócil, meiga sob a batuta de um Deus fiel e omnisciente
Desde longe chegará cada profecia mais benevolente para lapidar
Nossas dúvidas e incertezas…fazer dos impossíveis mais que possíveis
Brindando toda uma fé forte, farta, fértil, resoluta…emergente… absoluta
FC
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