Desespero

Desespero

 

Rasga-me

o manto

no represar do beijo

embebido pelo desejo

censurado pelo  gemido.

 

Abraça – me

no envolvente prazer

de dois corpos sedentos

na dança equilibrista

imprudente de tesão suculento.

 

Penetra –me

na alma harmoniosamente,

balança, suspira e sente

o meu mar impetuoso e faminto.

 

Desespero –me

de saudade neste atraco de desejos ,

a morrer no meu porto,

ancorar extasiada da viagem para além

do horizonte asilado pelo  AMOR.

 

Gila Moreira 18/07/2013

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