Devaneios libertários

Libertar-te também liberta-me

daqueles enigmáticos e profanos desejos

se afirmam e reafirma ao revolver agruras 

anseios, loucura e misturas únicas

entre nossas bocas, as línguas e a saliva

com cumplicidade…volúpia…ternura

na veracidade deste mundo, sem figurações 

caminhamos com estes corpos

nos alimentamos de antigas tradições

somos homens e mulheres… amantes

necessitamos entregar a matéria

muito antes de entregarmos a alma

Aqui, hoje… amanhã e quem sabe depois

traduzirei minhas sensações em palavras

ressoam transfusões como poemas

transcomunicados por mentes excitadas

sem exageros, com ansiedade e intensidade

seremos um só, corpos e essências

unidos ao ato por si só, primeiro o sexo

depois os tesão, a paixão e enfim…

quem pode afirmar no amor

o qual ultrapassa barreiras etéreas

sejamos plenos, únicos e súditos

libertando-nos eternamente, devaneando…

(DiCello, 09/06/2016) 

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