Devastação do corpo
O espírito já cego e incongruente
Deletéria carne verlaineana machucada por dentro
Com ácido do irrealismo contradizendo
O que habitual é.
Recorda-te deste tom de voz da boca deste rosto álveo?
Sei que és incapaz de ver e ouvir
Estando penetrado neste momento sonambúlico
A percorrer as frases das gargantas
De algum poeta antigo.
Embriagado talvez e ao lado quem sabe
Sentado à mesa com Charles Baudelaire
A falar suicídio em vossos tão desconcentrados inocentes ouvidos.
Um trago uma bufada um gole verde
Com som e gosto de correnteza do oceano viride
Boa interna tormenta bravia e calafrio na pele dos quarenta e tantos anos.
Tão imprópria a alma quando digladiada com segredos divinos,
Experimenta o pecado até sofrer a tuberculose
Na pálida fria face de John Keats em sua dor
De criar todo o Endymion.
Dê olá a todos que sonhei conversar por mim