Diante do mar!

Assim, diante do mar

quando o sol reflete em ti

leio-te a indecência 

os trapos que te vestem

traduzo tua pele… as linhas

que a sombra desenha

traça nas areias ávidas

e eu, como poeta

capturo o instante

com as urgências selvagens

aquelas que habitam-me

seduzem ao ver-te, esta alma

este corpo carente de afagos

fantasio percorrer os labirintos 

os teus detalhes impávidos

são neles em que me perco

Mas escontro diversão

ao me ater a ler tua mansidão

Minhas traduções são insanas,

são confiáveis… e seduzem

transmitem os entalhes

és minha etérea inspiração!

(DiCello, 12/01/2016)

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