Distúrbio

Perguntei-te três vezes o teu nome, 
Repetidamente, 
Sem dar-te espaço ou tempo para responder.
Nunca descobri o porquê da minha obsessão com o número três.
Talvez por este ser frequentemente associado ao equilibro,
Um paradoxo um tanto irónico, visto eu ser associado a tudo menos a isso.
Mas prontamente respondeste
E, por momentos, perdi a noção se estava ou não a constantemente mexer a minha perna.
Quando discutimos pela primeira vez,
Pedi desculpa, desculpa, desculpa,
Mas desculpas equiláteras
Não amenizam a complexidade da minha personalidade,
E embora não mo tenhas dito,
Eu senti nas linhas sinuosas do teu rosto
Enquanto seguravas a minha mão trémula.
Agora penso, penso e penso 
Terias tu, após discutirmos pela última vez,
Batido a porta três vezes antes de sair.
 
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Comentários

muito bom (3xs) um tipo de escrita neste poema que gosto bastante