DO QUE LHE SUSSURRA MEU SILÊNCIO

Em meus sentidos mais ocultos lhe proponho algo de mais

Algo de rosa a florescer em meio à densa luz da lua

Algo tão grande como a terra a vislumbrar a voz que é tua

E que com ímpar atitude canta valsas naturais

 

Em minha forma de criar a minha filha que flutua

Com meus ditos inaudíveis em verdades irreais

A tua imagem é concreta em tuas vertigens cereais

Que florescem e amaduram entre a tua pele nua

 

Se fizesse eu lhe tomasse por um copo de veneno

Que dilata a minha forma, mas dá força e dá vigor

Como o destino que floresce e desabrocha obsceno

 

E no leito de estrelas arde um sol em seu calor

Compensando sua febre com custódia e muito treino

Até que nasça pela terra, codinome seu amor.

- Contador de Histórias -

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