Do Tempo

Solenemente está ramificado
O teu desejo de dias melhores,
Trincado feito um espelho deitado,
 
Refletindo tuas partes algozes.
O calendário perde-se em números
Datados, passa pelas tuas posses,

Tu retificas os energúmenos
Dígitos, que agora sucumbirão
Pelos vários séculos inúmeros.

A morte ensina como lidarão,
Ensinará sobre o poder do tempo,
Envelhece nas horas que farão,

Teu conhecimento em passo lento.
Não veis vida na máxima beleza?
Vós não enxergais o desalento,

Veis a contradição da natureza?
Não só vós, mas a humanidade,
A contradição é em si, destreza.

Vencer o tempo é solenidade,
Lamuriar não faz ele sumir,
Faz ele vencer pela eternidade.

 

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