Dor

Uma dor, uma inconstância,
sangue de coração, que brota em aflição,
que escarna, e fratura num congeminar,
que se perde e afunda, morrendo a caminhar.
Será este o trilhar, de um trilho após outro,
apenas sonhar,
será este o choro de alma,
que padece e carece num não sentido,
onde o fazer, é um tudo de nada perdido.
Quão belo era o traço do amor,
da linha que derretia, e prometia em esperança,
num eterna cor.
Terá derramado, secado,
terá num ter de tido, de perdido,
de presente sentido,
ou simplesmente flor, noite na dor,
na briza que esvoaça,
e entrelaça, fecha e desperta,
no ser, amanhecer.
O perfume evaporou,
é agora, pele, hora que passa,
e que no depois, emborracha,
numa inculpa, culpado,
no deleito pregado.

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