DOS DOZE FILHOS DO REI

Filhos do momento já seguindo a luz do dia
Muito além do firmamento até onde se podia
Na verdade da mentira que se põe em cada passo
E nada deixa, tudo tira, diferente do que eu faço

Irmão de santidade cuja voz nada menciona
Separados pela idade que é sabido, não funciona
Mas é preso pelo pulso, sinfonia tão maldita
Do silêncio que eu já uso em todo o verbo que me dita

No passeio que é gigante pelas rodas desse mundo
Nem alegre nem andante, não tão raso, mas não fundo
Na esperança de alguém que nunca vale o que medita
Ou no escopo de ninguém como essa massa acredita

Ora jovem e ora velha, nada muda essa cantiga
Ora piso e ora telha ou qualquer coisa que consiga
No quintal ou na varanda, onde haja alguma flor
Ou na intenção que nunca anda, mas se perde em um amor

Contra os raios de intenções eu levo a vida em pormenores
Contra a brisa em furacões eu nada perco além de dores
Contra a família que é certeza eu nada trago em minha mão
Contra o fato e sua clareza em tudo creio ou talvez não.
- Contador de Histórias -

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