DOS PECADOS QUE MOVEM O MUNDO – O MAL DAS FLORES DE OURO E PRATA
Na dança ensandecida de amores tão sinceros
Onde flores conhecidas desabrocham cogumelos
Há olhares comedidos que tão logo hão de tê-los
Bem nos veios dessa terra de produtos tão austeros
De vontades conhecidas e desejo alienado
Com perfume emudecido e odor de puro mel
Sobre casas e telhados caminhando até o céu
E por guia diligente algum pardal embriagado
No crescimento displicente e no ensejo tão ambíguo
Comovido ferozmente pela paz que é real
No tronco nobre do carvalho ou na veia do cereal
Por caminhos relutantes com traços de fio contíguo
Mil cantigas bem ornadas com enfeites de ouro e prata
Rebrilhando vivamente pelas pétalas vermelhas
Avivando condizente o que era chamas e centelhas
E dançava livremente pela brisa que nos trata
Ora apaga-se por fim no meio fio que fora o todo
Espargindo alegremente a sua vida pelo solo
No seio de toda a terra, sua pele e seu colo
Rebuscando a sua essência e emergindo em puro lodo
Na veemência de uma flor que antes fora toda a base
E agora se excita no calor de um de um sol caído
E se emerge na amargura de quem fora antes traído
Pelo mal que fora bom e que a nada mais tentasse
É a dança ensandecida de amores já tão cálidos
Presentes pela terra como flores sem um talo
De aroma perfumado e tudo aquilo que eu não valo
Mas por mais que seja que tudo nos seja válido
- Contador de Histórias -
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