DRUMMOND, DRUMMOND!
Bom dia, ao meu ilustre e preferido bardo!
Sei que estás muito circunspecto e calado
Frente ao mar, sentado nesse velho banco
Vou sentar-me e fica papeando ao teu lado
Quero sentir tua aura incrível e azulada
Vem para a antiga “Cadeira de Balanço”
E depois dedica a mim “Alguma Poesia”
Eu gostaria de ser tua musa iluminada
Queria ter te conhecido lá em Itabira
Que embora tendo o coração de ferro
Deu-te um coração de ouro derretido
“Mundo, mundo, vasto mundo...
Se eu me chamasse Raimundo,
Seria uma rima, não uma solução”
Em teu coração isso é “Claro Enigma”
Tu me pareces um “Menino Antigo”
Guardando o “Sentimento do Mundo”
E eu aqui olhando-te, meu amado amigo
Nem quero que fales, só que me escutes
Não te vás de Copacabana, fica comigo
Não sejas mais “Fazendeiro do Ar”, mas do asfalto
“Amar se Aprende Amando” é “A Palavra Mágica”
Em teu “Autorretrato,” “Vou Esquecer para Lembrar”
(Lourdes Ramos)