*EL DESDICHADO*

Ninguem póde dizer que soffro ou tenho;
Eu não amo a princeza da Golconda,
Nem da prisão livral-a é meu empenho,
Qual paladim da Tavola Redonda.

E sinto-me ir minando; um mal extranho
Que ninguem sabe, e vista alguma sonda,
Me mata lentamente, como um lenho
Que vae levando, mar em fóra, a onda.

Todas as tardes fujo ao sol poente;
Recolho cedo a casa, e durmo quente,
E a Medecina já me desengana...

E o meu mal é d'amor, e a minha amada...
Uma Chineza ideal, que vi pintada
N'uma taça de chá de porcelana!

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