Embebido

Bebeu um porto.

Meu amor bebeu,

Bebeu com gula o dia e o breu

Em talhas de bronze o vinho morto. 

Quantas velas levadas pelo mar!

Porém, do lado de lá só imensidão...

Inundando meus passos perdidos por entre as águas agitadas da solidão,

E o pesadelo nada de acabar. 

Bebo mais um gole diante desse olhar eclipsado.

Duas taças não são suficientes,

Talvez compulsivo, eu ainda esteja alucinado. 

De repente... Um cometa solitário risca o céu.

Seu clarão previamente iluminam meus olhos de chuva...

 Já sem rumo, perdidos a paisagem desconhecida desse ilhéu.

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