Embebido
Autor: Alessandro Moura on Saturday, 19 January 2013
Bebeu um porto.
Meu amor bebeu,
Bebeu com gula o dia e o breu
Em talhas de bronze o vinho morto.
Quantas velas levadas pelo mar!
Porém, do lado de lá só imensidão...
Inundando meus passos perdidos por entre as águas agitadas da solidão,
E o pesadelo nada de acabar.
Bebo mais um gole diante desse olhar eclipsado.
Duas taças não são suficientes,
Talvez compulsivo, eu ainda esteja alucinado.
De repente... Um cometa solitário risca o céu.
Seu clarão previamente iluminam meus olhos de chuva...
Já sem rumo, perdidos a paisagem desconhecida desse ilhéu.
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