ENTERREM MEU CORAÇÃO NA CURVA DO RIO

 

SONHEI PODE SER UMA VISÃO.
CAVALGAVA UM ALAZÃO.
SEI QUE O MEU CORAÇÃO
VIVIA NESSE  LUGAR,
VOZES EM TODOS OS SENTIDOS.
VULTOS, TÃO DESCONHECIDOS
INDICANDO UMA DIREÇÃO.
      
CAMINHO CHEIO DE PEDRAS
VENTOS FORTES, EU COM SEDE,
BEBI AGUA NESSE RIO
PIRANHAS MIL FERVILHAVAM. A MINHA VOLTA.
TÃO SOZINHO PERDIDO E SÓ.
DORMI SORRINDO.
O SERENO DEU UM JEITO. FEZ O RESTO.
MINHA MÃE... EU ESTAVA SÓ O PÓ...
                  
VOZES, VINDAS SEMPRE DO ALÉM.
ME PEDINDO  PRA EU FICAR
O MEDO FEZ, EU CAVALGAR
PEDI PRO ALAZÃO NÃO PARAR.

LEMBREI DE UMA VELHA LENDA INDIA
QUE UM CHEFE AO MORRER
PEDIU PRA SER ENTERRADO
NA CURVA DAQUELE GRANDE RIO.

ACORDEI!
BOCA SECA E ASSUSTADO.
COM O REVOLVER PRATEADO
TOMEI ESSA DECISÃO

ENTERREM MEU CORAÇÃO, NA CURVA DO MESMO RIO. .

BILLY BRASIL – 04-01-1978 – 14,06 Hs.
MUSICA COMPOSTA NA VILA BRASILANDIA - SP

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