Entorpeces
Autor: DiCello Poeta on Friday, 22 January 2016
Sem muitos mistérios
Sem muitos mistérios
meus dedos tropeçaram na pele,
nas depressões e saliências
dos detalhes e entalhes do teu ser
o qual mapeei-o todo
cada um dos pecados perversos.
minha boca faminta
percorreu com delicadez
com ousadia e desejo
a tua mansidão de leste a oeste
fui apalpándo, sentindo-te minha
apoderando-me da tua alma
minhas mãos viajam entre as coxas
a lingua, a boca saboreia-te
degusta as entranhas devassas
libertando… liberando o doce mel
teu néctar, o gozo aflorado
nesta tua terra fértil
tudo é belo em ti, as curvas
a linhas salientes me entorpecem
és meu deleite, o desejo
seduzes, desnuda-me o corpo
unes o teu ser compulsivamente
Amo-te com paixão infinitamente
teu norte…o sul meu frisson
és o tesão que entorpece!
(DiCello, 22/01/2016)
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