Entre as aduelas...o silêncio
Autor: Frederico De Castro on Friday, 21 June 2024
Entre o portão ficam as ombreiras da solidão
Recosta-se a alma envernizando as aduelas
Do tempo fechado a sete chaves, além onde
Aprumo à esquadria um verso trabalhado
Na minha marcenaria
Com o formão aliso uma rima crispada
Com o serrote corto a preceito o cedro ou
Mogno decorando a cenografia do tempo
Onde desfiro marteladas certeiras, guardadas
Na escrivaninha das palavras mais corriqueiras
No design das memórias concebo uma estrofe
Bem mobilada, abrindo o roupeiro da inspiração
Por onde chanfro e freso este poema oblongo
Sem arestas ou ranhuras , quase mondrongo
FC
Género: