Entre margens
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 11 December 2014
Entre margens
Então, deixa somente
que o vento corra por nós
e entregue no tempo que cede
uma brevidade lânguida e súbita
nas gotas de chuva que caem
colorindo teu galope atado
ao corcel louco desenlaçando
o uivar dos ventos
florescentes errantes
decapitados entre margens
desprendidas ao acaso
entre rios dançantes que ressoam
e ressoam famintos por atingir
meu porto
e atracar de vez à tarde
que fenece intrépida à luz húmida
onde desencantámos
felizes
um sorriso e um brado que
esmiucámos à sombra dos tempos
passou
foi embora e restou somente aquela
solidão sentida, destemida
que nutre e fecha por fim as pálpebras
ao negrume da noite
arrebatada na hora da partida
FC
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Henricabilio
6ª, 12/12/2014 - 09:40
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entre margens
entre margens
serpenteiam multiplas
emoções mAis ou menos poéticas.
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_Abílio