Entre os degraus da solidão
Autor: Frederico De Castro on Monday, 22 January 2018
Brilham épicos gomos de luz
Despem a solidão desfolhada
Em pétalas de amor e ilusão
Saúdam a caprichosa manhã
Seduzida pelos embriagantes
Perfumes massivos…quase alucinantes
Teçe a saudade horas de melancolia
Resignada e tão alienante que nem mais refuto ao
Coração esta memória que acontece tão aglutinante
Pastando na lezíria do tempo deixo um andarilho
Pensamento pernoitar lá no sótão dos prazeres
Hidratantes, quase litúrgicos…quase litigantes
Sem mais temer a noite cada sombra desnuda-se ante
Os olhares sorrateiros da lua voyeur vasculhando todos
Os esconderijos de uma emoção tão bisbilhoteira tão tailleur
Puída e triste a noite derrama suas lágrimas e lamentos
Mais brejeiros embebedando todas as alquimias de uma
Paixão abarrotada de gemidos lisonjeiros
E agora assim desguarnecida a solidão nunca cicatrizada
Sustenta o pavio dos silêncios pungidos e suplicantes
Súmula deste verso derradeiro, foragido,insinuante
FC
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