A Episteme da Rainha

Majestade Musa, venha. É tudo para ti, pois a ideia paira aos ventos, nunca de mim. Seja boa ou ruim, não tenha controle; bom e mau também são rótulos execráveis hoje em dia. Não sou mais dualista, prefiro acreditar no Uno, imanente de si. Vossa senhoria dita os sentimentos de homens sensíveis, exprime o sangue se assim necessário para que a arte subsista no mundo. É ótimo, mas sem nós, padeces. Somos um pretexto para vossa glória, uma interdependência de sujeito e Absoluto: sem ti, tudo morre, sem nós vós só existis. Portanto, puxemos tua senhoria da lama do nada, enquanto puxas nossos pescoços levando-nos aos céus.

 

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