Espelho

Eu não vejo o que sinto

Mas sinto que vejo

Vejo um mundo sem guerras

Com flores dentro dos canhões

Vejo as crianças brincando

E sorrisos brotando, em nossos corações

Vejo as paixões ardentes

Queimando como fogo as gentes

Que vivem nestes sertões

Vejo os olhares agrestes

Que correm, sem rumo, inertes

Em busca das desilusões

Eu vejo uma arvore, em prantos, caindo

E o algoz sorrindo

Com a serra nas mãos

Eu vejo minha pele tremendo

E a ternura esmaecendo

Em nossas mentes, sãs.

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Comentários

Ola Clerton;

Texto poético e reflexivo, de nosso mundo e peessoas, que  cada vez estão mais egoístas e despreocupadas. Poema de grande beleza e profundidade. Retrata o desejo de todas as pesssoas sensíveis em relação às agruras do mundo. Será que tudo isto que desejamos é Utopia? De forma poética fica mais belo ainda.

Abraços

Vera Helena 

Bom dia Vera Helena;

Sim, acho que talvez seja utopia, mas não deixaremos de acreditar. Nós somos poucos, mas não fracos. A esperança não nos abandonará. Muito obrigado pelo comentário e pela visita.

 

Abraços!