Espera Defraudada

Claude Debussy : Clair de Lune, for Piano (Suite Bergamasque No. 3), L. 75/3

Vivo num permanente mundo de silêncios aprazíveis Em eximias degradantes e fantásticas construções de um labiríntico e vertiginoso pensamento Em alaridos de trovões que por mim passam sossegados….. Num constante soar de ecos sinuoso de neblina fresca Que vem hidratar fissuras de pele morta já ressequida e com gratidão tão sofregamente absorvida Numa quase morta e arrastada caminhada em vãs esperanças desvanecida enganada ferida Tanta é já a resistência desumana como quem purga uma fétida ferida infectada Envolta em lençóis de puro linho Lavada em tantas esperas e vontades sofridamente Defraudadas Oh brilhante e sábia ignorância subestimada Em dias de morte anunciada Aceita-se de bom grado a nojenta gargalhada vinda de grupos de fêmeas em manada…. A mim se acercam em debandada doentia vulgar e desorganizada De quem gente se não sente….. de tão manipulada vendida desacreditada no meio de tanto desespero tenta uma ultima nauseante hedionda investida……porém falhada …. Pois no embate foi neutralizada tal o tamanho desprezo ….. Viril nobreza …. . milenar coragem….. tudo envolto numa altives de framboesa fresca bela ……ligeiramente roborizada Regina Pereira 2 de Junho de 2014

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