ESQUECIDA

ESQUECIDA

Canto a história de um pranto
Nascido e vivido de um canto…
Por momentos julgado,
Mas amado…

Naquele dia… tarde… dois…
Novembro, sol de Abril…

Foi o choro, o grito e a angústia….
Pelo amor e a dor do medo da partida,
Que gritei como quem está só.

A dor e o tempo no vento dos lábios
Derramado num manto de lágrimas…
Branco como tu branca, e eu…?
Eu assim fiquei…

Caminhada…, ida… recordada…

Horas perdidas de uma noite,
Longe de não ver o dia de te ver…
No lençol que outrora te cobria
Esse corpo desfeito do cutelo
Que o rubro cravo lacerou teu peito…
E o transformou por todo o tempo.

E os brancos seios de bicos dourados,
Docemente amados, vêm cortados,
Alucinar a silvestre sede,
De amor e também de dor…

Por eles correm
Ténues fios de um frio
Escaldante, … e caem…
É o fogo, é lodo…é o fundo e o fim.
É um suspiro de lágrimas, …um grito.
Uma dor ofegante respirada.
É tudo, e é nada… Dentro de mim.

E eu e a preta cor do amor proibido,

Censurado e sussurrado, morro.
 

Foi melhor assim…
E acordo,… e sempre te recordo…

No Amor.

(Orlando Martins)

 

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