Essência

Ah! Quem me dera viver na sabedoria dos ignorantes,
Daqueles que nada sabem
E que muito têm a ensinar
A esta gente desumana.
Ah! Quem me dera não me esconder atrás de nomes falsos
Ser apenas aquilo que sou
Nada além do concreto
Verdadeiro, material.
Quem me dera não conhecer a sabedoria falsa desta gente
Que vive na miséria da alma
Por não querer ter alma.
Queria viver como aquelas pessoas
Que vivem na essência do não saber
E do tudo compreender.
Queria ser chão para ser pisoteado
Sem conhecer o pé agressor.
Queria ser pé que brinca
Solto na rua
Sem conhecer o amanhã.
Queria ser mato verde
De tapar horizontes
Rico em belezas puras.
Queria conhecer o segredo destas pessoas
Que sorriem da vida
Sem frescura.

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