Estilhaços na mente

 

Estilhaços na mente… “

Estilhaços de mente, debaixo do néon,

Perfuram-me a Alma, numa dança estonteante,

Percorrem labirintos, que só eu conheço,

Numa inconsequente sonolência,

Numa lágrima escondida… em pesadelos suados,

Enquanto os meus sonhos aguardam,

Dilaceram a noite acordada,

Camuflam o ego na doçura,

Escondem o corpo rasgado,

Pela violência consentida,

Cravada lá atrás no passado…

Solto a corda que me sufoca,

Respiro o dia escondido, tímido,

E, num ultimo olhar atirado,

Chamo a morte anunciada,

Para que numa dança infinita,

Me solte da pele violada,

E no lamento do vento,

Para lá da luz ofuscante,

Transpiro na dignidade,

Não perdoo ao mundo deixado,

Pois, seria morrer duas vezes,

Se nesta mentira me deitasse,

E nela, acordasse.

 

Luís Ginja

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