_ESTOICISMO_
Autor: Antero de Quental on Thursday, 10 January 2013
Tu que não crês, nem amas, nem esperas, Espirito de eterna negação, Teu halito gelou-me o coração E destroçou-me da alma as primaveras... Atravessando regiões austeras, Cheias de noite e cava escuridão, Como num sonho mau, só oiço um não Que eternamente echôa entre as esféras... --Porque suspiras, porque te lamentas, Cobarde coração? Debalde intentas Oppôr á Sorte a queixa do egoísmo... Deixa aos timidos, deixa aos sonhadores A esperança van, seus vãos fulgores... Sabe tu encarar sereno o abismo!
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